O Acordo de Dayton foi um acordo de paz alcançado em 1995 que pôs fim à Guerra da Bósnia, que foi um conflito que ocorreu como resultado da dissolução da Iugoslávia. A guerra, que durou de 1992 a 1995, foi caracterizada por disputas étnicas e territoriais entre os bósnios (muçulmanos bósnios), croatas e sérvios.
O Acordo de Dayton foi negociado na Base Aérea de Wright-Patterson, perto de Dayton, Ohio, EUA, em Novembro e Dezembro de 1995. Foi mediado pelos Estados Unidos, com o envolvimento ativo de outros representantes internacionais, incluindo a União Europeia e a Rússia. O acordo foi assinado em 14 de dezembro de 1995, pelos líderes das etnias majoritárias na Bósnia e Herzegovina: Alija Izetbegović (bósnios), Franjo Tuđman (croatas) e Slobodan Milošević (sérvios).
Este acordo foi um selado de paz complexo e abrangente que estabeleceu o quadro para a governação pós-guerra da Bósnia e Herzegovina. Criou um sistema de governo descentralizado, dividindo o país em duas entidades: a Federação da Bósnia e Herzegovina, em grande parte povoada por bósnios e croatas, e a Republika Srpska, predominantemente sérvia. Também criou o Gabinete do Alto Representante (GAR), uma entidade internacional encarregada de supervisionar a implementação do acordo e de promover a estabilidade na Bósnia e Herzegovina.
O Acordo de Dayton é frequentemente visto como uma solução necessária mas imperfeita para pôr fim ao conflito e moldou o cenário político e institucional da Bósnia e Herzegovina desde a sua assinatura. O país continua, até certo ponto, étnica e politicamente dividido, e o Acordo de Dayton tem sido um assunto de debate contínuo e de esforços de reforma na Bósnia e Herzegovina, bem como na comunidade internacional.
Em resumo, o Acordo de Dayton está diretamente relacionado com a Bósnia e Herzegovina, uma vez que foi o acordo de paz que pôs fim à Guerra da Bósnia e estabeleceu o quadro para a governação do país no pós-guerra.